21 de novembro de 2010

Habitación en Roma



Já faz algum tempo que baixei esse filme do Parada Lésbica e até hoje não tinha tido tempo de assistir, mas finalmente consegui. É um filme lindíssimo, gostei muito do modo como foi feito, das atrizes, de toda a interação com o quarto, os quadros, as histórias das duas mulheres se encontrando naquela situação única...
É claro que a Natasha Yarovenko, maravilhosa do jeito que é, colaborou em grande parte pra eu ter adorado o filme, mas a história realmente é belíssima e muito bem conduzida!

Mas mais do que do filme em si, eu queria falar um pouco sobre um dos muitos assuntos que o filme trata. Sim, porque esse filme tem muitos temas intrínsecos e cada um deles daria uma discussão enorme, mas eu só quero falar brevemente de um deles porque é um tema que eu andei pensando muito nos últimos tempos: como duas pessoas podem se envolver de forma tão intensa num período tão curto de tempo.

Não sei se mais alguém já passou por isso, mas em determinadas cenas do filme, quando alguma delas pensava no que estava sentindo, ou quando (SPOILER AQUI!) a Alba sofre pela separação delas logo antes da cena da banheira, eu fiquei pensando muito nessa coisa tão intensa e tão real que surgiu entre elas.
É engraçado porque temos uma certa tendência a pensar que se conhecemos a pessoa há pouco tempo, não podemos nos envolver de maneira profunda com ela... Se você diz que está apaixonada por uma pessoa que conhece há pouco tempo, qualquer um é capaz de se assustar e de te questionar. E é lindo ver como esse relacionamento surge e se desenvolve ao longo do filme, como Alba e Natacha realmente se amam no momento da separação.
E é muito assustador quando você conhece alguém há pouco tempo e de repente se vê tão envolvida com aquela pessoa. Quando você já sente que precisa dela, que quer cuidar dela, que se preocupa com ela... Quando vê-la mal te faz sentir uma dor horrível no peito e uma impotência absurda de não ter como ajudar. E o mais assustador de tudo é pensar que da mesma maneira que esse sentimento surgiu, ele pode desaparecer. Ao amanhecer, elas terão que se separar. O amor que surgiu ali irá ficar guardado nas memórias, mas não vai mais existir... E aí eu penso: ele realmente existiu? Realmente podemos chamar esse sentimento de amor? Ou seria paixão? Ou nenhum dos dois...?
Eu não sei, não cheguei à nenhuma conclusão. Mas eu posso afirmar claramente que essa união linda, deliciosa... esse sentimento em relação à outra pessoa que você não necessariamente conhece há muito tempo pode acontecer assim, de uma hora para a outra, sem que você perceba e sem que possa fazer nada em relação a isso.
Deixo aqui essa foto do filme, que para mim é a imagem que mais representa esse amor...

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