12 de novembro de 2010

Garota do condomínio

Enfim, a última postagem que vou fazer hoje. É um texto que escrevi contando sobre a minha volta pra casa no domingo passado, depois do Enem (prova maldita). Não está muito bem escrito, mas eu não consegui arrumá-lo, então fica assim mesmo. Resolvi postar agora porque os textos daqui estão muito depressivos e isso estava me incomodando. Lá vai...



Era final de tarde quando entrei no ônibus para casa, que estava lotado, como sempre. Consegui me espremer entre as pessoas até chegar num lugar em que eu achei que conseguiria ficar parada quieta, mas com a minha bolsa enorme todas as pessoas que passavam por ali para chegar até a porta quase me levavam junto com elas. Sentada no banco da janela, bem à frente de onde eu era atacada repetidas vezes pelos passantes, estava uma menina, com o cabelo loiro bem escuro e os olhos azuis, lindos. Ela estava com a cabeça apoiada na mochila que levava no colo e refletia profundamente sobre algum assunto alheio a mim.
Depois de alguns minutos que eu estava parada (ou tentando ficar parada) ali ela me olhou e ofereceu seu colo para a minha bolsa. A minha reação imediata foi não aceitar, mas olhei para o lado e vinha uma mulher enorme que com certeza teria problemas para passar atrás de mim com a bolsa ali, então eu aceitei a oferta e entreguei minha bolsa para a garota dos olhos azuis, que soltou um leve riso da minha situação, que eu retribuí automaticamente.
Num determinado momento o banco ao lado dela vagou e ela já estava com as mãos na minha bolsa para me entregar assim que eu sentasse quando uma outra garota emergiu da multidão e pegou o lugar que era meu. Olhei para a menina que estava segurando minha bolsa e ri da minha própria desgraça, e dessa vez foi ela que retribuiu meu riso.
Finalmente, depois de um certo tempo, consegui sentar. Fiquei feliz por sentar ao lado dela, ela parecia ser uma pessoa legal - ela atendeu a alguns telefonemas ao longo do percurso e descobri que ela é atriz de teatro e muito simpática com os amigos - e eu queria ser do tipo que sai conversando aleatoriamente com as pessoas no ônibus para começar algum assunto com ela, mas não consegui.
Logo depois, enquanto eu refletia sobre como começar algum tipo de interação, ela pediu licença para sair. Neste momento eu percebi que estava chegando o meu ponto e eu estava tão entretida nos meus pensamentos que nem tinha percebido. Assim que ela levantou eu fui atrás, me preparando para descer do ônibus, quando percebi que ela ia descer no mesmo ponto que eu. Descemos e começamos a andar pela rua, estranhamente fazendo o mesmo percurso, entrando nos mesmos caminhos, na rua de casa.
Ela estava andando na minha frente e quando chegou à entrada do condomínio já ia fechar a porta quando viu que eu também estava indo pra lá. Ela sorriu mais uma vez - um sorriso muito gracioso, por sinal - e eu ri, agradecendo-na por ter segurado o portão.
Enquanto andávamos eu pensava que a única coisa que faltava acontecer era ela morar no mesmo prédio que eu também e, enquanto eu pensava sobre isso, ela perguntou:
- Você mora em que bloco?
- Oito. - respondi, feliz por ter começado uma conversa. - E você?
- Aqui, no três. - ela disse, virando-se para entrar no prédio dela. - Tchau.
- Tchau.
E assim terminou toda a nossa maravilhosa conversa. Cheguei em casa e fiquei pensando nela. É, tem uma garota legal e bonita que mora no meu condomínio... e muito provavelmente totalmente hétero. Ou não?

Um comentário:

  1. Ai,ai!
    Essas minhas amigas muito auto criticas! ASUHAUSUAHS
    Mas ao contrario do que você acha, o texto ta otimo! E ao contrario de voce, eu peguei o onibus vazio e ainda encontrei com a Kah no meio do caminho! Sou mais sortuda! ASHUAHSUAHSUAHSAUSA

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