26 de abril de 2011

Poderia durar para sempre

A sensação de sentir o corpo dela no meu, nu, macio, me aquecendo. Deitar-me sobre ela e sentir o encontro das nossas barrigas, nossos seios. Afundar meu rosto em seu pescoço, sentir seu cabelo, beijar sua orelha. Agarrar seus ombros com meus braços. Simplesmente delicioso.
Depois descer, acomodar meu quadril entre suas pernas, sentí-la em mim. Sentir meu peito se acomodar nela, minha cabeça em sua barriga, tentando guardar a sensação. Me perdendo ali, acariciando sua pele com meu rosto - ou seria o contrário?
Vontade imensa de me fixar ali, não sair nunca mais. Vontade tanta que meu corpo não seria capaz de exprimir, que minhas mãos e meus braços por mais fortes que fossem não seriam suficientes. Queria tê-la em mim. Entrar, encarnar, possuir, ser uma coisa só.
Não seria nem grudar, seria juntar, unir, transformar. Ser ela.
Podia passar horas nessa contemplação, nesse não fazer nada mais do que delicioso. Apenas ficar ali, sentindo que ela era minha e sabendo que eu era dela. E dormir ali, morrer ali, desaparecer para sempre. Não me importaria, desde que eu estivesse ali.
E ficamos, tranquilas, no escuro. Eu com ela e ela comigo.



- Boa noite, amor.

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